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Entrevista: Christina Bilde (CEO / managing partner Roskilde)

O festival Roskilde, considerado unânimemente pela imprensa, como um dos melhores a nível europeu e mundial, realizará em julho a sua 43ª edição. A Aporfest falou com a sua responsável para assim obter o seu contributo perante a sua história e valores que diferenciam o festival.



APORFEST (Ricardo Bramão) | O festival Roskilde é um dos festivais de música com mais edições no mundo. Como se adaptam e enfrentam o aumento de players e do mesmo modo a competitividade?

Christina Bilde (Roskilde) | Estamos, claro, orgulhosos da nossa história. O festival Roskilde tem sido sem fins lucrativos desde 1972 [organizado pela Fundação Roskilde], e isso é algo que integra a nossa forte identidade. Estamos muito interessados ​​em mantermo-nos atualizados assim como também nunca tivemos medo de encerrar as atividades bem-sucedidas / os nossos " amores ", a fim de seguirmos em frente e estarmos focados em novos objetivos . Temos a certeza de que o Roskilde vai manter a sua posição forte no futuro.


(A)| Quais as características que fizeram do Roskilde, um sucesso, desde as primeiras edições?

O festival é conhecido por diversos fatores. Nunca se esqueceu de apoiar causas culturais e humanitárias que suportou durante décadas. Existe também um sentimento especial de união que acreditamos que é reflexo dos nossos valores acerca de responsabilidade social. Temos ainda um line-up diversificado, que transmite a diversidade presente no festival e que queremos que se fortifique a curto prazo.


(A)| O que faz do Roskilde, diferente dos outros festivais de música na atualidade?

O festival tem uma audiência leal e curiosa [130 mil], tanto na Dinamarca como no exterior, e temos milhares de convidados, voluntários [21 mil] e imprensa [5 mil] que desejam sempre regressar. Além disso temos ótima música e programação artística assim como um ambiente único criado na zona de campismo.


(A)| Em Portugal, os grandes festivais têm uma relação próxima com as marcas (destacando-se as telecomunicações e cervejeiras). No vosso caso, como incorporam as marcas na experiência do festivaleiro e como tal é percebido pelo público?

O Roskilde é um festival independente sem fins lucrativos e comparativamente com a maioria dos festivais de música as parcerias com marcas são relativamente baixas.

Trabalhamos arduamente em sermos transparentes, comunicando sempre ao público todas as nossas doações - o lucro, todo o lucro, vai para as causas certas. Ter um festival sem ter como objetivo, o lucro, faz com que o público se reveja nas parcerias e marcas com quem trabalhamos em conjunto.

Assim, ao fazer um acordo com qualquer marca, temos a certeza de que podemos garantir o melhor para eles e que a parceria contribui para a experiência de Roskilde . Isso pode, por vezes, desafiar os parceiros a superarem-se. No final , faz sentido tanto para eles como para nós e público ter uma abordagem específica no nosso contexto.


(A)| Como é que, estrategicamente, chegam aos dinamarqueses e às outras nacionalidades com festivaleiros no vosso evento?

Existem diferentes maneiras, dependendo dos países, mas é importante sublinhar que estamos interessados em receber todas as nacionalidades no nosso festival. Isto vai de mãos dadas com o espírito do festival - a abertura de espírito e a diversidade são valores fundamentais para nós.


(A)| Quais as expectativas sobre a presença de portugueses no vosso festival?

Não é segredo que gostaríamos de atrair mais público de determinados países, e Portugal é um deles. Os nossos voluntários vão-nos dando feedback super positivo dos portugueses que nos visitam e por isso esperemos contar com uma adesão maior já nesta edição.


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