Portugal, um país de excelente clima, boa hospitalidade, pacatez e um registo de graves incidentes em eventos musicais praticamente "limpo" ou inexistente. É este o "estado da arte".
Créditos: Bruno Costa (Meo Marés Vivas 2015)
São tantos os indicadores e rankings europeus e mundiais em que estamos no seu limiar inferior, mas na área de segurança ou da sua prevenção em eventos temos excelentes resultados e estamos no topo certamente. Enquanto lá fora estão na ordem do dia: medidas que previnam as entradas em grupo em recintos de festivais sem acesso válido; o esmagamento e ansiedade do público; casos de raptos ou o consumo excessivo/inapropriado de drogas, cá felizmente esses áreas pouco passam para a sua prática.
Muita legislação, aplicada a eventos, tem saído nos últimos anos e provavelmente já necessitará de revisão, mas esta não poderá servir para taxar apenas ou criar uma nova receita para uma entidade governamental mas sim dotar os responsáveis pela gestão do público num festival - o promotor, a proteção civil, segurança e de forma mais indireta o municipio - de mais conhecimento e potenciar a aplicação de novas práticas.
Mário Lavrador (diretor da MW Work Security), empresa de segurança privada com atuação nos principais festivais portugueses - e.g. Alive, Sudoeste, Super Bock Super Rock, Mexefest, CoolJazz - indicou à APORFEST que os maior desafios na atualidade são entre outros, "a gestão de massas e o terrorismo".
Em 2015, passaram pelos festivais quase 2 milhões de pessoas, um quinto da população do país. A cobertura mediática, percorre todos os principais orgãos de comunicação.
Estas são apenas razões para no ano de 2016, ser implementada mais qualidade aos festivais de música e que nos seus registos se continue sem incidências, pese embora uma "nova" realidade mundial, que nos obriga a ser mais desconfiados enquanto público e do mesmo modo ter que ter necessariamente um maior depósito de confiança nas forças de segurança - que são sempre o primeiro e último contacto de um festivaleiro.