Acontece de 4 a 6 de dezembro, o festival Barreiro Rocks. Tantos são os festivais que se denominam como o "primeiro festival do ano" ou o "primeiro festival de verão do ano" e depois de 209 festivais, chega a vez daquele que encerrará 2015. Serão, no total, 24 atuações que incidirão maioritariamente no Rock - projetos produzidos pelo "movimento emergente do Barreiro" e também a nível nacional e internacional (Espanha, México, UK, EUA e Japão). Falámos com o diretor do Festival, Carlos Ramos, também músico influente em diferentes projetos portugueses, com o nome Nick Nicotine.
APORFEST: Vem aí mais uma edição do Barreiro Rocks, o qual podemos designar como "o último festival do ano". De repente são já 15 edições, apenas com um interregno. Como se processou o evolução do vosso conceito?
Carlos Ramos: Naturalmente e de acordo com as condições que nos rodeiam. Este festival é produto de uma linha estética muito bem definida e da aproximação de várias comunidades ao mesmo, desde a comunidade de músicos que giram em torno da música independente à comunidade local, barreirense.
Quais as grandes dificiuldades pelas quais passaram? Já apresentaram vários formatos e atuações em vários espaços da cidade do Barreiro.
Carlos Ramos: As grandes dificuldades são sempre financeiras. Este é um festival que custa muito e tem muito poucos apoios. Felizmente que contamos com um apoio muito grande do nosso público, que é quem suporta a maior parte deste evento e segue-nos pelos vários espaços e formatos.
Qual a vossa relação com o municipio e patrocinadores?
Carlos Ramos: Muito boa. O Município do Barreiro apoia-nos desde a primeira edição sendo que também tem sentido a crise que se instalou e isso reflecte-se no montante disponível para apoio. Nas últimas edições temos desenvolvido a nossa relação com a Baía do Tejo e com a Rumo, duas entidades sem as quais estas duas últimas edições nunca teriam acontecido, pelo menos da forma que as vimos acontecer.
Que novidades podemos esperar para esta edição?
Carlos Ramos: Mais palcos e uma ocupação quase total do tempo nos três dias que compõem o festival. Será uma oportunidade de promover a deslocação pela cidade e promover um pouco o Barreiro, também.
De que forma as atividades realizadas pela APORFEST ajudam o vosso festival e associação a desencadear o trabalho ao longo de um ano?
Carlos Ramos: Penso que o Aporfest promove a discussão em torno do tema dos festivais e pode servir para promover e desencadear a visita aos mesmos, através do seu conhecimento.
Créditos: Vera Marmelo