7 áreas de desenvolvimento dos festivais de música europeus em 2016 [Europa vs. Portugal]
Várias são as áreas de evolução dos festivais de música a nível europeu de aplicação para 2016, de acordo com a IQ Magazine.
Desse modo aproveitamos e analisamos o que a publicação indica e fazemos comparação com o "estado da arte" em Portugal.
1) Mais palcos ou nº de dias do festival | Apesar de nem sempre se verificar um maior número de slots/concertos, existe um aumento do número de palcos e dias nas edições Portuguesas dos festivais, nomeadamente para divergência da programação dos mesmos (e.g. novos estilos músicais; novas ligações artísticas).
Exemplos: a criação de um 7º palco dedicada a sonoridades de Fado no Nos Alive; aumento do nº de dias nos festivais Rfm Somnii e Lisb/On.
2) Aumento nº chuveiros e facilidades de alojamento no próprio festival | apesar do decréscimo do nº de festivais com campismo agregado (e gratuito) em Portugal, a melhoria das condições promovidas pelos promotores ou marcas tem sido um importante ponto de fidelização de público.
Exemplos: cozinha comunitária ampliada no Meo Sudoeste, água quente em chuveiros de campismo no Indie Music Fest.
3) Extensão espaço campismo | a componente de campismo liga o conceito do festival aos festivaleiros, procurando-se que nesta espaço seja potenciada a sua mística. Muitos festivais têm realizado o aumento do seu espaço para proporcionar melhores condições, embora isso nem sempre seja possível em virtude de ocupação de espaços e budget existente.
Exemplos: aumento espaço campismo na última edição do Bons Sons; espaço mais cómodo no novo espaço do Voa Fest (antigo Vagos open air).
4) Novas ofertas gastronómicas | ainda longe do que se faz pela Europa, nomeadamente em Espanha, em que as soluções gastronómicas são muitas vezes a principal razão de ida a um festival, por cá estas recriações nas áreas de restauração servem para credibilizar novos públicos e conseguir aumentar o espectro social e consumo dos seus públicos.
Exemplos: cozinha gourmet regional no Nos Primavera Sound.
5) Colocação áreas dedicadas à família e crianças | os festivais vão apostando na ligação familiar na sua programação ou em zonas específicas do seu recinto. Com esta ligação aumenta-se o tempo de permanência no recinto e aumenta-se a probabilidade de fidelização e recordação a um evento.
Exemplos: programação específica no Som Riscado, Bons Sons e O Sol da Caparica; espetáculos de promoção de festivais: mini-Primavera Sound.
6) Música ao longo da madrugada e nos espaços associados ao campismo | é a tendência menos sentida em Portugal. Por questões culturais, na grande maioria das vezes, a nossa programação musical já é muitas vezes tardia (entramos nos festivais depois do anoitecer e por isso também saímos deles mais tarde - segundo o estudo "Perfil do Festivaleiro - 201, 2014, 2015, enquanto lá fora os palcos ao ar livre terminam a sua programação ainda antes de ser madrugada) e por isso não existe a necessidade da mesma ser dirigida para locais específicos do recinto ou para parte do seu público.
Exemplo: programação musical prévia ao festival, no Meo Sudoeste.
7) Promover e implementar a "pegada ecológica" | a preocupação ecológica e sustentável com os festivais é um comportamento cada vez mais presente de promotores e marcas envolvidas em festivais - é até já uma preocupação de todos. Mas estes preocupação acarreta muitas vezes mais custos não sendo possível desempenhar a mesma de acordo com vontades tidas, sentindo aqui os festivais com menos apoios, maiores dificuldades de promover e instruir estes comportamentos em terceiros.
Exemplo: sensibilização para redução lixo e reciclagem no Sumol Summer Fest; recolha alimentos não consumidos no Edp Cool Jazz.