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A importância dos aftermovies na divulgação de festivais de música

Comecemos por definir Aftermovie - video de curta ou longa duração divulgado nas redes sociais pós-evento que mostra os melhores momentos de festivais, concertos e festas com o objetivo de fortalecer a marca e também “vender” o evento, tornando-o assim cada vez mais conhecido e desejado.


Os aftermovies são considerados como sendo um instrumento fundamental na divulgação dos grandes festivais. Podemos não ter lá estado mas percebemos o seu conceito. Quem não se lembra de algum aftermovie do Tomorrowland? Videos (com cerca de 20 minutos) inspiradores e que deixam todos com vontade de estar no festival, e foi um destes vídeos (o primeiro – na edição de 2011) que mudou completamente o festival e a indústria produtora destes vídeos (sendo este um dos primeiros a tornar-se viral, conseguindo comunicar e espalhar-se pelo mundo por si só, valendo mais que qualquer instrumento de comunicação do mesmo evento).

Depois deste vídeo, os bilhetes de acesso ao festival passaram a esgotar em minutos.



Outro exemplo da importância deste tipo de comunicação é o do Sziget Festival em Budapeste na Hungria.

Este aftermovie tem uma produção de qualidade máxima, tendo as características que todos os vídeos desta tipologia deveriam ter (e.g. ângulos diferenciados; mostra lugares que poucos têm acesso; mostra o que torna o festival diferente; mostra a decoração e a iluminação, as principais atrações) sendo produzido com recurso a técnicas e tecnologias inovadoras, e com um certo “flow”, evoluindo de forma harmónica, com cortes nos segundos certos e transições bem aplicadas, notando-se claramente que aproveitaram sempre o melhor de cada take, que deixa qualquer pessoa que assista a este vídeo com vontade de ir ao festival e de partilhar o vídeo, e isso está a refletir-se na lotação do festival este ano que já está praticamente esgotado (e.g. passes de 5 dias esgotados; Passes de 7 dias com 90% das vendas).


Passemos agora a festivais portugueses. Em Portugal a história é bem diferente, enquanto que os já abordados festivais, o Ultra ou o Qlimax têm maior número de visualizações do que o número de pessoas que os frequentaram, cá o número de visualizações corresponde, mais ou menos, a 20% do número de pessoas que frequentaram os festivais (e.g. Nos Alive, Meo Sudoeste, RFM Somnii). Isto faz-nos chegar à conclusão que os festivais portugueses precisam de investir muito mais nos seus vídeos e na divulgação dos mesmos, e se calhar é o passo que falta dar para tornar o seu festival com capacidade de internacionalização, porque o aftermovie é a maneira que o público que não foi ao festival tem de experienciar e sentir a essência do festival - não esteve lá mas tem de se induzir a lá ir. Os pontos positivos desta ferramenta não acabam aqui, assim como nós quando tiramos uma selfie no nosso quarto estamos preocupados com a arrumação do mesmo, os promotores também sentem a necessidade de melhorar o evento para obterem um melhor aftermovie, que como consequência trará mais público e patrocinadores ao festival (como é o exemplo do Qlimax que investe em efeitos especiais que são um dos pontos mais marcantes do aftermovie e deixam qualquer um de "queixo caído".


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