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A afirmação do FMM Sines. Entrevista: Nuno Mascarenhas (Presidente CM Sines)

O FMM Sines é um festival que terá a sua próxima edição de 22 a 30 de julho. O evento cresceu, tem novas dinâmicas importantes para a sua afirmação e desenvolvimento. Falámos com um dos seus atuais impulsionadores, o Presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas.


APORFEST: O FMM Sines vai já para a 18ª edição. Que novidades podemos esperar?

Nuno Mascarenhas: As principais novidades que esta 18.ª edição pode oferecer são as que estão contidas no seu programa musical, a componente do FMM Sines a que atribuímos maior valor. O festival tem como marca uma proposta artística que se preocupa em revelar, em dar a conhecer música e músicos que grande parte do público ainda não conhece ou, se conhece, nunca ou raramente teve oportunidade de ver ao vivo. É isso que faz o público regressar a Sines cada ano: a certeza de que, novamente, se vai surpreender e alargar a sua cultural musical.


Os festivais desencadeados por municípios são hoje também mais profissionais e com edições regulares. De que forma o Município de Sines tem para si a importância do FMM?

O FMM Sines tornou-se uma das grandes realizações do município, que, exceptuando algumas áreas mais técnicas, assegura autonomamente toda a organização do festival. Assumo que não é fácil fazê-lo e que é necessário um esforço suplementar da estrutura e dos trabalhadores da autarquia. A organização pela Câmara tem vantagens, porque conseguimos um grau muito elevado de controle sobre o projeto e porque conseguimos mobilizar facilmente recursos humanos e técnicos de áreas muito diversificadas. Mas também tem desvantagens, que são as que se prendem com a sobreposição de tarefas (o resto da atividade da Câmara não pára durante a preparação do festival) e com todo o quadro legal imposto ao funcionamento de uma autarquia, que lhe retira alguma agilidade. Mas é este o modelo seguido desde a criação do festival e consideramos que tem sido um sucesso – com margem para melhorias, naturalmente.


A "World Music" tem sido um conceito que nos últimos anos tem chegado às massas em Portugal. Foram vocês os impulsionadores ou o público é hoje mais disponível para diferentes sonoridades?

O FMM Sines foi um dos principais responsáveis pela criação de um público para as músicas do mundo em Portugal. As músicas do mundo e um público interessado em músicas do mundo já existia antes do FMM Sines ter sido criado, mas é indiscutível que este festival fez muito para o crescimento do interesse pelas expressões musicais do mundo menos divulgadas. Não creio que se possa dizer que as músicas do mundo sejam já um fenómeno de massas. Mas é certo que a minoria se tornou uma imensa minoria e que Sines muito ajudou a que isso acontecesse.


O evento não é apenas de Sines mas alargado a outros locais e parceiros. De que forma isso é importante para a vossa afirmação?

O FMM Sines existe por e para o concelho de Sines, sempre. Mas não tem de se cingir à cidade. Foi por isso que, em 2014, decidimos recuperar o pólo de Porto Covo, que tinha existido entre 2005 e 2009 e que tinha sido substituído pelo modelo de dois fins de semana nos palcos da cidade.

Achamos que este regresso a Porto Covo foi benéfico para o festival porque lhe acrescentou ambientes, registos, paisagens e até públicos.

Já este ano, respondemos positivamente ao desafio da Fundação Inatel para sermos parceiros na realização de um ciclo de músicas do mundo no Teatro da Trindade, em Lisboa. Ficámos muito contentes por terem considerado que a nossa experiência e a nossa marca poderiam ser uma mais-valia para a sua programação. Normalmente, é o que acontece em Lisboa que se estende para o resto do país. Neste caso, foi o contrário, e isso só nos pode orgulhar.


Os prémios dos Iberian Festival Awards foram importantes para a internacionalização e comunicação do vosso festival?

A obtenção dos três prémios Iberian Festival Awards, particularmente o de melhor alinhamento artístico em festivais realizados na Península Ibérica em 2015, foi muito importante para nós. Quando, neste tipo de prémios, se colocam os festivais de todos os géneros em competição direta, não é muito provável que seja um festival de músicas do mundo a sair vencedor. Mas, felizmente, desta vez o reconhecimento que consideramos merecido chegou. Este ano, com o apoio do Turismo de Portugal, pudemos reforçar a nossa comunicação junto de públicos internacionais e este prémio teve um lugar de destaque na nossa comunicação.


De que forma a APORFEST tem permitido a evolução do festival e dos seus recursos humanos?

Até ao momento, temos recorrido ao apoio da APORFEST sobretudo na divulgação do festival em eventos e feiras, que muito agradecemos. Também já pedimos aconselhamento à associação sobre várias situações relacionadas com a organização do festival e obtivemos sempre o seu amável contributo. Queremos no futuro beneficiar de forma ainda mais profunda dos excelentes recursos que a APORFEST coloca ao dispor dos associados.


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