Nos últimos anos, os festivais de música, nomeadamente respeitante aos estilos pop, rock, alternativa e indie têm proliferado e incrementado peso e importância, aos níveis económico, social e cultural, na Península Ibérica. À medida que estes eventos se multiplicam e se especializam, assumindo contornos específicos e procurando posicionamentos diferenciadores, é importante refletir sobre as suas formas de comunicação - cada vez mais amplas, imediatas, participativas, abrangentes e mutantes, dos mesmos.

Neste contexto, surgem algumas questões pertinentes. O que se privilegia comunicar é o cartaz, o elenco artístico, de um determinado festival ou as experiências vivenciadas pelos espectadores durante o evento? Em que se parecem e em que se diferenciam as formas de comunicação publicitária deste tipo de festivais em Portugal e Espanha? Quem são os destinatários preferenciais das mensagens que se transmitem? Partindo da revisão de uma literatura pluridisciplinar, que agrega Indústria Musical, Sociologia, Semiótica, Comunicação, Storytelling, Marketing, Relações Públicas, Publicidade e Redes Sociais, continuando através da análise de anúncios reais pertencentes às campanhas de comunicação dos dois últimos anos de seis festivais de música ibéricos [SOS 4.8, Bilbao BBK, Primavera Sound, Nos Primavera Sound, Vodafone Paredes de Coura e Nos Alive], aliada ao rastreio da presença destes eventos nos media sociais e à auscultação de profissionais do sector, pretende-se responder a essas questões e traçar um mapa de tendências.
Palavras-Chave: Festivais de música, Publicidade, Cabeças de cartaz, Públicos, Conceitos.
M. Silva (2016). Do palco ao público: os protagonistas da comunicação de festivais de música em Portugal e Espanha. Universidade do Minho.
*artigo original disponível aos associados (todas as modalidades)