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O F que põe o Algarve no mapa dos festivais. Entrevista: Joaquim Guerreiro (coordenador Festival F)

Acontece nos próximos dias 2 e 3 de Setembro a 3ª edição do Festival F em Vila Adentro, Faro. Este é um festival que começou em 2014 e que se conseguiu afirmar como um dos maiores eventos da zona sul, anunciando música (enfoque total na música Portuguesa), literatura, artesanato, animação de rua, património, artes plásticas, stand up comedy, street food, tertúlias e cinema como sendo os dez pilares do festival. Estivemos à conversa com Joaquim Guerreiro, coordenador do festival F.



APORFEST - Vem aí a 3ª edição do Festival F. O que podemos esperar para a edição de 2016?

Joaquim Guerreiro - Para a edição deste ano podem esperar um festival que se assume, cada vez mais, como um festival de artes e de cultura, mantendo a música de expressão portuguesa, como o seu principal vetor. Em 2016 o Festival F vai apresentar-se num recinto maior, que permitirá mais conforto ao público, na circulação entre os vários palcos e no acesso às muitas propostas que compõem este festival: as conversas literárias, as tertúlias de atualidade, a stand up comedy, as artes plásticas, o cinema, o artesanato e a animação.

Créditos: Daniel Pina


Que pontos destaca na programação deste ano?

Da programação destacaria a forma como, em duas noites, temos uma programação que apela a públicos tão diversificados. Temos nomes consagrados da música portuguesa, com a presença da Ana Moura, do Pedro Abrunhosa e dos GNR, mas também de Gisela João e Richie Campbell. Temos muitas propostas de qualidade na área do hip hop e do rap, com as atuações de Jimmy P, Regula, Mundo Segundo & Sam The Kid e Criolo, que é a primeira presença internacional do festival. Nos nomes emergentes da música portuguesa vamos poder assistir aos concertos de Marta Ren, B Fachada, Noiserv, Senhor Vulcão, Da Chick, Benjamim e Best Youth para salientar alguns. Nas sonoridades mais etéreas e eletrónicas destacaria DJ Ride, Branko e o duo Karetus.


Como é realizada a comunicação do festival para o público Português e para o internacional? A estratégia é idêntica ou difere?

Da experiência de anos anteriores, temos verificado que, independentemente da proveniência, a maioria do público compra os seus bilhetes a partir do Algarve, o que nos mostra que são essencialmente pessoas que residem ou se encontram de férias na região, na altura do festival. Neste sentido, o grande foco em termos de comunicação é a zona sul do país, com uma presença forte na publicidade exterior, com outdoors e mupis, nos terminais multibanco e com a distribuição de informação aos turistas e residentes, para além de uma forte presença no Aeroporto de Faro. A nível nacional não podemos deixar de destacar os media partners que se associaram ao Festival F e que o fazem chegar a todo país: a Rádio Comercial, a SIC Notícias e jornal online O Observador.


O Festival F é altamente promovido pelo Município de Faro. De que forma este se distingue de outros festivais promovidos pelos seus municípios (e.g Sines, Loulé, Águeda e Almada)?

Sim, de facto o Festival F é uma grande aposta do Município de Faro que, com recursos limitados, procura das mais diversificadas formas, promover o evento, contando com parcerias para esta área. Mais do que o que nos distingue, gostaria de destacar aquela que é uma grande aposta do Município e das restantes entidades co-organizadoras: o Teatro das Figuras, a Ambifaro e a produtora Sons em Trânsito: a particular importância que é dada à presença digital do Festival F, com um trabalho contínuo nas redes sociais e um enfoque particular na criação de comunidade e na proximidade com o seu público.


Os festivais de música são hoje o melhor tributo cultural para ligar e unir diferentes tipos de público num mesmo momento?

Arriscaria a dizer que, mais do que os festivais de música, quaisquer manifestações culturais têm essa grande capacidade, de estabelecer ligações e de unir as pessoas. No momento atual que vivemos, em que tanto nos parece dividir, enquanto civilização, a cultura e a arte são uma verdadeira homenagem ao que nos une.


De que forma acha que a Aporfest pode ajudar os festivais portugueses no seu todo, na internacionalização?

Portugal regista, cada vez mais, uma forte aposta neste tipo de eventos, com inúmeros festivais a realizarem-se por todo o território. A existência de um associação que os congregue e possa apoiar as organizações na reflexão e na melhoria em aspetos tão diversos como a internacionalização, a segurança, a comunicação ou a sustentabilidade, com a realização de estudos, de seminários e ações formação, é sem dúvida uma mais valia.


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