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A Tendência de 2016 em Portugal: Festivais de cariz eletrónico

Nos últimos anos, Portugal tem tido um aumento gradual do número de festivais de música ligados ao estilo eletrónico (já por si complexo de catalogar e categorizar - 21 géneros que se dividem em quase duas centenas de sub-géneros, segundo a Discogs), facto que até aqui era tido e restrito aos nichos de público que se representavam em eventos esporádicos comunicados ao público ou entre guest lists privadas.


Esta tipologia de festivais são hoje um fenómeno (à escala global) que parece ter sempre um vasto público, fiel e seguidor. Em Portugal, os promotores destes festivais fixam-se em conseguir chegar não só aos portugueses mas também a uma cativação de público internacional, através de comunicações em meios, blogs e compêndios especializados internacionais e bilhéticas especializadas.


Deixamos abaixo, alguns dos principais exemplos que vão desde festivais com conceitos consagrados, aos festivais que atualizaram e reformularam o seu conceito (fruto da concorrência e verificação de necessidades do público), passando por novos festivais e outros ainda com naming importados do exterior.


Neopop

Já cumpriu 11 edições e tem aumentado (ano após ano) o seu destaque e reputação, através da colocação de artistas internacionais e nacionais consagrados no seu line-up, assim como de uma comunicação específica para cada edição (tendo esta sido muitas vezes já premiada). Atualmente é visto pelo Município de Viana de Castelo como um evento chave na sua comunicação anual e no qual este permite obter uma enorme fatia de público e visitantes jovens. Como forma de ativar e alimentar a marca, a organização realiza vários showcases e concertos ao longo do ano. Em 2017, ocorrerá de 2 a 4 de agosto.


Festival Forte

Mais recente, destaca-se por colocar todo o segredo da sua filosofia no interior do Castelo de Montemor-o-Velho, com um alinhamento que tem também artistas nacionais e internacionais de renome a que se conjuga uma componente visual de projecção específica de benefício e de aproveitamento da arquitectura do local, com atuações em formato live ou dj set. Este festival, realizou a primeira experiência cashless, em Portugal, no ano de 2015. A próxima edição, foi já anunciada e tem nova hashtag - Keep up Forte - e ocorrerá entre os dias 24 e 26 de agosto.


Out Jazz

Decorre há dez anos na cidade de Lisboa (com incursões por outros locais como Cascais e Tróia). Música, com nomes portugueses, em formato concerto ou dj set que privilegiam sempre as raízes negras através do funk e soul. Um festival que começou por "invadir" um espaço verde (uma vez por semana) ao longo de Maio a Setembro em cada ano e que hoje explora outros espaços físicos noutros dias de semana. O importante aqui não é tanto o cartaz mas sim o rigor e atualidade seguidas como critério de escolha musical. É um evento que proporciona momentos de reunião entre amigos, sempre em regime de entrada livre.


Out Fest

Surgiu, este ano, no culminar da celebração do 10º aniversário do Out Jazz com um line-up com artistas internacionais e nacionais, divididos por três palcos (um deles onde apenas com headphones se ouvia o que o dj tocava nos seus pratos), e num espaço específico (Parque Marechal Carmona, Cascais) para potenciação do conceito, mas que se pautou por manter a mesma sonoridade e o aproveitamento/sustentabilidade de um espaço verde urbano.


Lisb-On

Potenciar o capital turístico de Lisboa, através da música, num dos seus espaços com mais visitantes diários, o Parque Eduardo VII, em conjunto com uma disruptiva comunicação e com parcerias trendy nas áreas de restauração, hospedagem e espaços de diversão, foi este o mote para algo que já vai em três edições. A última cresceu em termos do número de dias realizados e no aumento proporcional de atuações artísticas. Um evento que não esquece a responsabilidade social, tendo em 2016 feito com que o dinheiro não retirado das pulseiras eletrónicas usadas pelo público presente fosse entregue na íntegra à Casa dos Animais.


Lisboa Dance Festival

Em 2017 terá a sua segunda edição, no mesmo espaço, o Lx Factory, posicionando-se ainda mais neste segmento eletrónico. Concilia a música com conversas e mercado de venda de itens ligados ao underground musical. Ocorre em março, muito antes da normal folia de verão de festivais e propõe um cartaz musical com estreias em Portugal de artistas importantes e media partners estratégicos que facilitam a divulgação e propagação nacional do conceito.


Les Plages Eléctroniques Lisboa

Um evento com várias edições internacionais (e.g. Cannes) e que em 2016 viu a sua introdução no mercado português ao longo de três dias consecutivos, sendo que os dois primeiros tiveram música a começar no sunset até madrugada fora e o último realizou-se num espaço divulgado apenas em cima do acontecimento. A próxima edição já está referida como confirmada, esperando-se agora que possa ter a repercussão das suas congéneres.


Brunch Electronik

Um conceito também replicado para Portugal e que teve primeira a experiência enquanto Piknic em 2015 e que no corrente ano avançou para uma melhor diferenciação dos restantes festivais. Conseguiu através de um local mítico e ideal para "as novas famílias" (mãe, pai e criança) - Tapada da Ajuda - com espaços para o divertimento destes, assim como uma área de street food vasta. Conseguiu fazer cumprir uma comunicação junto dos turistas que permaneciam em Lisboa nos vários domingos que o festival se realizou ao longo do verão.


Semibreve

Ocorre desde sempre na cidade de Braga (em tempos considerada a mais jovem do país) e é muito focalizado numa comunicação internacional e atração de opinion makers internacionais que fazem o seu "word of mouth" ganhar forma. A utilização da música de uma forma experimental e ligada às artes digitais diferenciam-no em Portugal. Ocorre em espaços indoor e no final de cada ano.

Todas as informações ou esclarecimentos podem ser colocados para: aporfest@aporfest.pt


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