Ao fim de 14 edições, consecutivas, o Festival do Secundário, que decorre sempre nas férias escolares da Páscoa, continua a desenvolver o seu conceito e a adaptar-se ao seu público, que tem uma característica única - renova-se a cada ano e isso traz uma permanente necessidade de angariação de novos públicos e dificuldades acrescida. Fomos falar com o atual principal responsável, Mauro Gonçalves.
APORFEST: Vem aí mais uma edição do Festival Secundário? O que podemos esperar?
Mauro Gonçalves: Bom, antes de mais agradeço à APORFEST a oportunidade que nos deram para podermos falar daquele que é o maior festival nacional do ensino secundário realizado em Portugal.
É verdade, está aí à porta a 14ª edição do Festival Secundário e temos muitas novidades, começando desde logo pela animação nocturna e vários equipamentos lúdicos. Este é para nós um dos maiores cartazes de sempre, dado que, foi elaborado com a colaboração dos festivaleiros que nos foram referindo quem gostariam de ver no Festival. Temos ainda outras novidades ao nível das atividades diurnas, onde os participantes vão ter contacto com muita animação, música e desporto, desfrutando ao máximo dos cinco dias do Festival. Podia referir aqui mais umas quantas novidades, mas não queremos estragar o impacto das surpresas que estamos a preparar.
Qual a diferença da primeira edição para esta?
Confesso-vos que não estive envolvido nas primeiras edições do Festival Secundário, mas arrisco dizer que estamos hoje melhor e já explico porquê! À medida que os anos vão passando, sentimos que o Festival acaba por estar mais próximo dos estudantes e digo isto porque, o facto de haver menos jovens do Secundário leva a que consequentemente haja menos participantes no Festival. Apesar de financeiramente não ser tão atrativo, acaba por ser mais gratificante, uma vez que acabamos por conhecer uma boa parte dos festivaleiros que por aqui passam. Sejamos sinceros, há alguma coisa melhor do que fazer amigos? É isso que aqui é amplamente conseguido.
O conceito do vosso festival foi evoluindo ao longo das edições. Como se adaptam às necessidades e gostos do vosso público-alvo a cada ano/geração?
Não foi fácil como devem calcular. Pelo Festival Secundário já passaram milhares de jovens com gostos completamente distintos, nem sempre é fácil agradar a todos. No entanto, temos sempre a preocupação de fazer uma sondagem e perceber quais as tendências musicais dos jovens e as suas preferências em termos de animação e desporto, no entanto, recordo que este festival é muito mais que um evento de musical, o Festival Secundário tem responsabilidades ecológicas, sociais e humanas, o que nos distingue dos outros.
Como agem, programam e produzem tendo por base eventos similares que levam os estudantes para outros países como Espanha?
Confesso-vos que somos bastante patriotas e defendemos afincadamente o ditado “o que é nacional é bom”. Naturalmente que, se dissemos a um jovem “queres ir passar uns dias a Espanha ou ficar em Portugal”, parece-me óbvio que o jovem queira conhecer outras paragens, porem, a única coisa que nos separa desses eventos são os quilómetros percorridos e o valor que pagam para ir para Espanha. Muito sinceramente e sem qualquer presunção, o Festival Secundário é um festival para todos e não só para alguns!
Além da música como fazem o enriquecimento cultural do vosso festival em termos de oferta para o mesmo público durante vários dias?
Como referi anteriormente, os eventos culturais e desportivos são muito diversificados, ninguém vai ficar na tenda a dormir, garanto-vos. Porém, por uma questão de estratégia não vos posso referir as novidades deste Festival, no entanto, atividades como: Vólei, futzorb, minigolfe, Btt, rappel, slide, futebol praia, dança, paintball, fitness realizadas em anos anteriores vão ser mantidas.
O papel da Aporfest tem sido importante para o desenvolvimento desta área como um todo?
O vosso papel tem sido fundamental, este ano, tal como nos próximos, esperamos continuar a cooperar e a desenvolver esta parceria, e quem sabe, aprofundar laços que possam ser vantajosos para ambas as instituições.