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A verdadeira razão de ser da indústria da música: a música. Entrevista: Adriana Pedret (Exib Música)

Falámos com Adriana Pedret, diretora da EXIB Música - Expo Ibero-Americana de Música, antecipando aquela que será a 2ª edição do evento em Portugal. Mais concertos, mais conexões, mais encontros numa área que se quer de maior dinamismo e ligação entre os seus executantes e o seu público final.


APORFEST: Qual a história do Exib Música? Adriana Pedret: A Exib Música é fruto da motivação para adicionar valor à difusão da diversidade musica da região Ibero-Americana. A ideia surgiu há mais de 8 anos, na cidade de Bilbao, através da reflexão da criação e consolidação de um espaço especializado para esta temática, na Europa. Transformar a mesma na gestão e difusão de música independente Ibero-Americana e que fosse capaz de a difundir e impulsionar ao mesmo tempo, fomentando a colaboração entre os seus gestores musicais. Sempre com a premissa transversal de criação de uma identidade própria.


O que estão a conquistar ao criar conexões entre os promotores e agentes musicais ou que trabalham neste meio? É certo que os mercados se comportam como plataformas de intercâmbio de bens e serviços da indústria musical. No caso especial da EXIB Música estamos a trabalhar para que todos se conectem e que a nossa experiência seja um espaço para a música e o que gira em torno da mesma. O nosso propósito é manter a qualidade, a criatividade, a representatividade e a colaboração. Promovemos as cidades que nos recebem e damos-lhe a capacidade de encontro, diversidade, difusão internacional e cooperação. Porque é que em 2016 se decidiu fazer uma edição do conceito Exib em Portugal? Recebemos um convite e encontrámos na itinerância uma nova possibilidade de ampliar a nossa oferta de possibilidades aos profissionais que assistem ao evento e aos música que nos acompanham a cada edição. Cada cidade traz consigo a sua cultura, o seu público e a sua forma de realizar a gestão cultural e musical. Portugal é um país incrível, cheio de estímulos para os seus visitantes - património, gastronomia, cultura, gente amável e sensível pelo que o país é para nós uma nova possibilidade de aprender, desenvolver e oferecer aos nossos seguidores uma alternativa para ampliar as suas ferramentas musicais e culturais!

Temos também de agradecer o valioso apoio dos nossos parceiros tanto na edição passada como na atual, assim como a colaboração do Município de Évora, em especial este ano onde também chegamos a Arraiolos e Montemor-o-Novo.


Que diferenças encontram entre o panorama musical em Portugal e outros países Ibero-Americanos? A música Ibero-Americana está conectada, são linguagens de ida e volta que nos contam histórias de influências e misturas, uma viagem que nunca termina! O atrativo cultural de Portugal é sem dúvida a sua autenticidade e a sua música é a expressão dessa autenticidade e da sua personalidade profunda e sensível. A atualidade é um momento propício para esta difusão e o desenvolvimento para um melhor conhecimento das suas qualidades identitárias, onde todas as expressões sejam valorizadas e celebradas como uma mostra de pluralidade musical repleta de nuances. Para onde eu vá em Portugal encontro sempre milhões de razões para admirar a sua cultura e as suas gentes e nada melhor que a música para provar isto! Que novidades vamos ter no Exib em 2017?

Em cada ano tentamos que os artistas e projetos musicais que nos acompanham encontrem no Exib Música oportunidades para fazer circular a sua arte. Esta 4ª edição não é exceção para este objetivo!


A gala de inauguração de cada Exib é sempre uma festa que dedicamos à cultura local. Nas edições que realizámos em Bilbao tivemos o prazer de abrir com galas que punham a força da música Basca em destaque, com artistas e grupos de grande qualidade e provas dadas, entrelaçando-as com propostas vindas de diversos pontos da América Latina. Em Évora, no ano passados, fizemos uma homenagem ao Alentejo, um espetáculo visual e musical que nos deu momentos especiais. Para esta nova edição, unimos em palco vários artistas representativos de diversas áreas musicais de Portugal e a gala estará também aberta a todo o público.

Existirão 18 showcases carregados de diversidade nas suas proveniências como nos ritmos e propostos e teremos na Zona de Encontros Profissionais, o Exib Lab (laboratório de cordas Iberoamericanas) e o Exib Cidade.

A Aporfest está a criar em Portugal uma agregação entre os promotores de festivais e todos os seus restantes stakeholders, algo que em Espanha e Brasil está mais desenvolvido. Concorda? Porquê?

É sempre importante estabelecer ações de intercâmbio, identificar oportunidades e sensibilizar as empresas e as instituições para a concretização de acordos que motivem ações de circulação e difusão da música. É um trabalho de grande importância e muito necessário! O resto passa por desenvolver uma gestão que seja representativa das necessidades da indústria musical local, que escute e atenda a todos os setores que sirvam a indústria musical do país e sobretudo que não se centre exclusivamente no "music business". A verdadeira razão de existir desta indústria é: a música!

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