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Do Bira ao Samba - o nome diz tudo e já vai para a 3ª edição. Entrevista: Henrique Antunes (diretor)


Há um festival, a Norte, que desconstrói a concepção normal deste tipo de eventos, ainda para mais quando se propõe a transportar o Carnaval para o verão (em Portugal), quando há quem diga que é assim que deveria ser festejado em todo o nosso país. O "Do Bira ao Samba" conecta as pessoas, coloca os sons das raízes de vários países, tem uma vertente solidária e um vídeo viral (a nosso ver). Falámos com Henrique Antunes, o seu mentor e atual diretor.


APORFEST: Vem aí a 3ª edição do festival "Do Bira ao Samba". O que podemos esperar?

Henrique Antunes: O festival Do Bira ao Samba volta para a sua terceira edição e o que se pode esperar é uma maré contagiante de ritmo, cor e energia! Uma maré à qual o público de Braga se habituou nas passadas duas edições e que este ano pretendemos elevar e destacar ainda mais. Para isso, a aposta deste ano foi sem dúvida enriquecer e estender a programação oferecendo um leque vasto para dois dias de vivência das artes performativas intensamente, música, dança, teatro, circo, entre outras. Acima de tudo pode-se esperar a terceira edição do festival mais inovador dos últimos anos em Braga, fundindo gerações, culturas e a história que nos une por intermédio da força da música e da dança. Esta inovação, esta irreverência, principalmente na cidade dos arcebispos, é o que tem marcado a cidade e tem trazido cada vez mais gente à rua.



Que evoluções foram conseguidas da edição de estreia para edição que ocorre já nos próximos 29 e 30 de julho?

A pouco e pouco o festival tem cada vez mais deixado a sua marca, e isto, para uma associação sem fins lucrativos, é de enorme valor pois é valorizado o enorme esforço que fazemos com os apoios cada vez mais escassos que se possui, ainda mais quando o festival é de entrada livre. Desde a primeira edição, a Outubro de 2015, que sentimos evoluções drásticas. Em 2015 contámos com cerca de 3000 espetadores, em 2016 conseguimos ultrapassar os 15 mil e este ano esperamos ultrapassar a marca dos 20 mil.


Acreditamos que esta evolução é possível graças à cidade de Braga que acolheu o evento, como uma ''nova tradição de Braga'', muito por efeito do monumental cortejo de carnaval fora d'época que decorre sempre na noite de sábado. Sobre o cortejo também convém relatar a sua evolução. Em 2015 contámos com cerca de 250 artistas e figurinos, em 2016 alcançamos a marca dos 500 artistas, duplicando assim o número de 2015. Para a edição deste fim de semana contaremos com cerca 600! Uma constante evolução que continua a criar impacto. Relativamente à internacionalização do festival consegue-se igualmente constatar um crescimento notório. Hoje o festival traz não só grupos e artistas de Portugal e da Península Ibérica, mas também do outro lado do oceano. São eles o Mestre Chicote (Rio de Janeiro), do grupo Rio Maracatu e Rogerinho, artista de renome de Forró de Rio Grande do Norte. Estarão também presente Sergi Cerezo (Mestre de Samba Reggae), Jorge Porto (Ritmista da Estação Primeira da Mangueira, campeã do Carnaval do Rio de 2016) e ainda Batucadas vindas de Espanha, La Torzida, Batalá Barcelona e Batalá Badajoz que se juntarão às batucadas e escolas de samba nacionais.


Por fim, a maior evolução será talvez a recepção e abertura do público, principalmente de Braga, para com o evento, toda a sua inovação e irreverência que foi tão bem aceite e que fez do evento mais uma grande tradição da cidade, como temos vindo a ser mencionados.



O festival encaixa-se na programação cultural da cidade de Braga. Qual a relação criada com o Município e o seus interlocutores?

O Do Bira ao Samba tem hoje o peso que tem na cidade muito graças ao Município que teve desde o primeiro momento abertura para nos acolher e apoiar, nomeadamente do Presidente Dr. Ricardo Rio e da Vereadora Sameiro Araújo. Este apoio é sem dúvida um dos principais pilares do festival e que permitiu e permite o seu crescimento. Este apoio reveza-se pelos vários setores do Município o que permite criar uma relação multidisciplinar com esta entidade e trabalhar áreas de ação comuns.



A vertente solidária não está esquecida. O que o público pode fazer e para que propósito?

É verdade. Todos os anos o festival trabalha a área social e solidária. Este ano o festival compromete-se a ajudar instituições que trabalham o abandono animal, tendo já trabalhado com a Cruz Vermelha e a Cáritas em recolhas de livros, comida e brinquedos. Durante o ano tivemos vários pontos de recolha em focos como Escolas, Universidade e outros serviços públicos. No dia do festival faremos a recolha final na Avenida Central. Assim, quem quiser dar o seu contributo pode apoiar doando comida ou adereços (mantas, brinquedos) para os nosso amigos de quatro patas nos dias do festival na box localizada na Avenida Central junto ao chafariz no posto de informação do evento.



O que pensam conseguir nos próximos 2-3 anos?

É difícil imaginar o que virá nos próximos 2-3 anos. O sucesso da última edição abriu-nos portas para parceiros de relevo e que fazem da próxima edição, a decorrer na próxima semana, o maior desafio da história do festival. Contamos que o sucesso desta edição alargue em 2-3 anos a tradição vivida em Braga para as restantes cidades do Norte e por este Portugal fora, sendo Braga o ponto de referência para viver o Carnaval fora de horas e, associado a esta grande celebração, oferecer um conjunto cultural ao nível workshops e concertos sempre elevados.



De que forma a Aporfest poderá ser uma mais-valia na evolução a curto-prazo do festival?

O apoio que a Aporfest dá a organizadores de eventos é sem dúvida aliciante. Contamos que a experiência que possuem possa ser transmitida para nós no sentido de alcançar os objetivos que mencionámos anteriormente. Tenho certeza que será uma excelente filiação e que com os serviços que possuem é possível duplicar e triplicar o evento que o evento principalmente em, termos comunicativos e de divulgação/expansão. Resta-me ainda agradecer


a oportunidade de parceria e de poder falar um pouco sobre o festival. É um orgulho para mim, enquanto criador e diretor do festival desde a primeira edição, o festival hoje ter a afirmação que tem e é graças a entidades como a Aporfest que valorizam este trabalho elaborado que dá gosto continuar a rumar em direção a futuro cada vez mais cultural e aliciante.


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