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A saudade que as guitarras trouxeram em Coimbra. Entrevista: Alexandre Lemos (Fundação Bissaya Barre

Foi através da missão da Fundação Bissaya Barreto que nasceu o Ciclo "As Guitarras não têm Saudade", em 2017. Com vista a dar primazia aos guitarristas e a colocar a cidade de Coimbra com mais solucões culturais. Ao longo de três noites do mês de novembro, a Casa do Museu recebeu artistas portugueses de renome como Tó Trips ou Filho da Mãe. Falámos com Alexandre Lemos, um dos seus responsáveis.

APORFEST: Como surgiu a ideia deste ciclo?

Alexandre Lemos: O Ciclo “As Guitarras Não Têm Saudade” responde à necessidade de programar alguns dos melhores interpretes e compositores de guitarra nacionais. É particularmente um desafio, sabendo que estamos numa cidade [Coimbra] com uma enorme e muito rica tradição nas diversas formas deste instrumento, procurar ouvir o som do seu futuro.


De que forma o mesmo entra na estratégia da fundação Bissaya Barreto?

A Fundação Bissaya Barreto quer ser sempre um agente importante da programação cultural da região e do pais. Programar um ciclo com esta ambição num espaço como a nossa casa museu é uma forma de expressar essa ambição.


Nos últimos dois anos surgiram no panorama nacional vários eventos e festivais dedicados aos artistas que dão primazia a guitarra. Há um nicho de público encontrado ou será por razões de budgert?

As “guitars” e os seus “players” são hoje em Portugal um ativo que vai muito para além de quaisquer limitação de “budget".

No nosso caso acreditamos que algo de muito especial se passa nos músicos portugueses e no instrumento a que chamamos guitarra. Há, não apenas uma história brilhante mas um fazer hoje, agora, muito entusiasmante. Vamos continuar a ouvir muito e bons guitarristas portugueses, de certeza.


Como verificam o panorama cultural em Portugal e a dicotomia de entrada livre e paga para ver um mesmo artista num mesmo concelho ou cidade. Como gerem esses pontos e valorizam este ciclo ao ter uma entrada paga?

O essencial de uma proposta cultural não deveria ser na sua natureza o preço. A Fundação programa com essa consciência, procurando contribuir com propostas que vão para alem dessa discussão imediata, sem esquecer a necessidade de ter as portas abertas para todos. Não será nunca pelo preço do bilhete que alguém ficará a porta de um concerto deste ciclo.


Onde vêm o vosso festival daqui a 2-3 anos? Como será a evolução do mesmo?

Será primeiro o publico a decidir nesta edição a pertinência de programa sobre afirmação “As Guitarras Não Têm Saudade”. Estamos concentrados em oferecer um ciclo de concertos memorável. O futuro não é previsível. Talvez só saibamos onde vamos estar em três anos daqui a quatro [quando o mesmo tempo passar].


De que forma pode a APORFEST ser um suporte futuro ao As Guitarras não têm saudade?

Contámos antes de tudo com o vosso apoio na divulgação [para esta edição], mas também gostaríamos de vos ver sentados na plateia para podermos, depois, debater a partir do vosso conhecimento e experiência certamente preciosos.



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