A rede social Tinder, de promoção de encontros e relacionamentos, ativou-se junto do seu público no último Rock in Rio Brasil, que ocorreu em setembro passado. Esta ação consistia num quiosque como forma de promover "matches" ao vivo entre o público, além de consultoria especializada e oferta de brindes. Uma estratégia local da marca no contexto brasileiro mas em que é reconhecido de forma global que a sua utilização é potenciada nos festivais, daí esta opção de aumento de notoriedade futuro neste tipo de eventos.
Créditos: Giselle Almeida (Uol)
Se o mercado online evoluiu dando origem a novas formas de comunicar com o público, a verdade é que a necessidade deste assistir a eventos e de estar presencialmente com artistas ou outras pessoas com os mesmos gostos também e isso vê-se na proliferação do número de eventos culturais a nível mundial na última década e com isso o acréscimo proporcional de outras aplicações que são criadas com o objetivo de aproveitar este mercado e ligar o público que frequenta os festivais de música como a Prelinks, FanMatch ou a Glance que incorporam os dados das aplicações de redes sociais como o Tinder ou o Facebook e que são a evolução de algumas aplicações oficiais dos festivais - pelo meio, passam muita publicidade que não chega ao público pelos meios mais comuns [a nível online ou offline].
No mercado dos festivais portugueses, o exemplo do festival Sudoeste é o que mais se aproxima de uma aplicação de encontros uma vez que contém um chat entre os utilizadores, sendo a seção mais acedida de forma a serem combinadas boleias e encontros e se partilharem opiniões - foi talvez a aplicação que melhor soube aproveitar o seu público e interagir com este, mesmo que de forma indireta, dando-lhe as ferramentas que o entusiamam. A verdade é que as aplicações dos festivais são hoje menos acedidas que anteriormente (segundo o Perfil do Festivaleiro e Ambiente Social nos festivais - em Portugal, Aporfest e na Europa, UK Festival Awards - 2016) fruto da evolução e utilização dos smartphones em que o acesso à web se faz já sem dificuldade e por isso para estas serem acedidas terão de dar conteúdos diferenciados senão correm o risco de ser ultrapassadas por aplicações de terceiros e perder assim um importante canal de comunicação e retorno de publicidade dos seus parceiros.