Esta é a era da música em streaming e de crescimento dos eventos ao vivo em que os festivais de música são o expoente máximo de um negócio, destacando-se os exemplos de Lollapalooza e Coachella. E o que poderá correr mal nesta equação? Este artigo tratará então como "estudos de caso" exemplos de bancarrota nesta área, sendo o mais mediático da empresa SFX Entertainment (ex-acionista do Rock in Rio) mas também os dos festivais: Ni-Fi Festival, Fyre Festival e Bottlerock.
A forma de obter receita é a mesma de há vários anos mas as premissas alteraram-se. A regra básica para os promotores de festivais é que os gastos em bandas devem ser mais ou menos próximos do valor total total de bilhética obtida, com o restante das despesas operacionais e lucro para ser advindo de patrocínios, alimentos e bebidas, merchandising e outras vendas no recinto. Dinheiro à cabeça é a garantia para se poder anunciar o artista (e aqui os players obtêm a sua diferenciação) e ao restante verba para promoção e divulgação até ao início do evento.
Créditos: Diogo Cruz (Semana Académica de Lisboa'2015)
As conclusões obtidas indicam que os festivais são uma área apetecível, pelos diferentes interlocutores com que interagem e pelas suas quebras de rotina e incerteza. Do mesmo modo este negócio está repleto de recursos insuficientes, business plans mal-sucedidos ou erráticos. Após os exemplos demonstrados no artigo (4) verifica-se que depois do sucesso e público garantido há que trabalhar o mesmo continuadamente e estar atento ao mercado e vicissitudes que obrigarão a uma reorganização constante.
Palavras-Chave: Festivais de música; contabilidade; insolvência
Fiero, J. D. (2018). Music Festival Insolvencies: WhatHappens When the Music Stops? American Bankruptcy Institute Journal, Abril, pp. 48-50
*Este e os mais recentes artigos científicos originais estão disponíveis aos associados (modalidades: profissionais e empresa/festival) na área reservada.