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Chuva obriga a novos procedimentos na ótica de gestão dos festivais portugueses

Realizar um festival de verão em Portugal, sempre foi ter uma elevada percentagem de garantia que o bom tempo (sol e sem vento) iria ser um fator potenciador de aglutinação e garantia de público, esse até é um ponto que potencia a vinda de publico internacional (e.g. o Reino Unido, com alguns dos maiores festivais europeus mas que sofre de grande instabilidade climatérica no seu verão de festivais) Nos últimos anos esta garantia já não é tão estanque e vários são os casos de festivais que tiveram de reajustar as suas edições.


Em 2018, o Nos Primavera Sound, Edp Beach Party e Rock in Rio Lisboa viram os dias de chuva prejudicar a sua afluência de público. O Música d'Ponte (Braga) cancelou a edição marcada para junho e transferiu a mesma para setembro e o Artes à Vila (Batalha) reajustou os locais dos seus concertos de forma a não prejudicar as suas atuações e público, estão entre alguns dos exemplos. Na história ficam já cancelamento ou alterações de concertos que afetaram edições do Super Bock Super Rock (2014), Energie Vilar de Mouros (2011) e Optimus Primavera Sound (2012).


Créditos: Notícias ao Minuto (2018)


Este tema já debatido no Talkfest, em 2017, com uma conferência onde estiveram presentes vários promotores e o atual presidente do IPMA - Instituto Português do Mar e da Atmosfera, Jorge Miranda, indicou que os fenómenos de instabilidade climática serão cada vez mais recorrentes e isso colocará em causa a área dos festivais de música, em que quanto maiores são as produções, maior é o tempo de latência entre o início da sua preparação e a sua ocorrência - imagine-se preparar um evento de 2-3 dias com um ano de distância e todo o evento ficar em causa por más condições climatéricas? - não existirá forma de recuperar o investimento feito.


Verificamos que os festivais vão tendo planos B, já não é por si suficiente ter, dispor ou vender capas protetoras de chuva ao público mas sim ter um plano definido perante cada tipo de adversidade. O expoente máximo desta questão foi verificado no Sziger Festival (um dos maiores festivais europeus) e que ao longo de uma semana tem maior probabilidade de sofrer alterações climáticas e por isso em caso de calor extremo são ativados aspersores juntos de zonas de maior afluência de público e quando chove são colocados através de vários tratores pedras e areia para cobrir zonas alagadas.


Importa então preparar edições de festivais outdoor com um incremento de custo para os promotores apenas para cobrir este tipo de situações (o que afetará certamente a qualidade artística, com menos dinheiro disponível para este item) ou educar e preparar o público para este tipo de questões?






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