Artigo Científico: Níveis de intoxicação alcoólica exigem políticas restritivas em relação ao álcool

Eventos culturais de grande dimensão, como os festivais de música atraem um grande número de visitantes para um curto espaço. Festivais a nível europeu, tais como o Glastonbury e o Tomorrowland (na Europa) e o Coachella (nos EUA) são eventos onde indivíduos, principalmente de faixas etárias mais baixas socializam, ouvem música e muitas vezes consomem álcool em demasia como parte da experiência. A questão fundamental é que a intoxicação alcoólica não é uma realidade só no estrangeiro, também o é em Portugal. Está associada a problemas tais como a violência, lesões corporais, condução sob efeito e álcool e mesmo riscos a nível da sua atividade sexual. São bastante reais as consequências negativas de tais atos e por isso foi feito um estudo na Suécia de modo a retirar algumas conclusões.

Créditos: Flávia Franco

O estudo* em análise, apresentado por um grupo de pesquisa sueco (STAD - Stockholm prevents alcohol and drug problems) recorda o caso do EDM Street Festival, na sua edição de 2010 na Alemanha, onde 21 pessoas sufocaram e mais de 500 foram feridas, derivado de desorganização do fluxo da multidão presente. O mesmo grupo de pesquisa analisou um dos maiores e mais populares festivais de música da Suécia em 2017 em relação ao consumo de álcool.

Apesar do grande consumo de bebidas alcoólicas nestes eventos, conclusões do estudo aferem um grande apoio por parte dos festivaleiros em medidas mais restritivas em relação ao consumo de álcool. Os comportamentos arriscados mostram a necessidade real de estratégias preventivas, que poderão ter que passar por pulseiras invioláveis, e alerta aos festivaleiros - nos seus telemóveis, mesmo dentro do recinto.

Palavras-Chave: Álcool, abuso, prevenção, festivais, música

*Este e os mais recentes artigos científicos originais estão disponíveis aos associados na área reservada.