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DGTL - um festival com conceito global. Entrevista: Tom Veldhuis (produtor)

DGTL é um conceito de festival que atravessa várias cidades e continentes. Passa uma mensagem global, sustentável mas adapta-se a cada contexto procurando as melhores parcerias e promotores para trabalhar. O mais próximo fica em Espanha e que tem já uma boa percentagem de público português. Falámos com um dos seus produtores, Tom Veldhuis, com 35 anos e experiência em eventos e ativações de marca de larga escala.


APORFEST: O que é o DGTL? Em Barcelona o conceito é diferente?

Tom Veldhuis: O DGTL é festival de música eletrónica baseado em três pilares: música, sustentabilidade e arte inovadora. Começámos em 2012 quando sentimos que poderíamos marcar a diferença no mercado dos festivais - boa música, boa organização em linha com o respeito às mudanças ambientais que o mundo necessita. O conceito do DGTL é o mesmo em cada país, mas em cada local adaptamos-nos ao tempo e às suas pessoas. Musicalmente tentamos ter um alinhamento consistente mas onde piscamos o olho aos novos talentos e aos artistas locais, novas sonoridades e elementos que procuram potenciar a "experiência live".




Já ganhámos prémios que nos identificam como sustentáveis na Holanda e em Espanha - não vamos mudar o mundo pois somos uma plataformas mas acreditamos que o DGTL pode enviar uma mensagem para a velha e nova geração em que todos podem alterar o rumo dos acontecimentos que enfrentamos. Em 2020 seremos o primeiro festival circular do mundo que não usará geradores a diesel e nenhum desperdício, tudo através de energia eólica ou solar. Os materiais de decoração serão usados como fontes de energia.


Qual a principal diferença entre a edição de 2018 [10-12 agosto] e as anteriores?

Todos os anos começamos o conceito com a versão de Amesterdão que serve de teste a novos conceitos. Todos os anos precisamos de inovar, melhorar e surpreender o nosso público, trazendo novos designs de palco, instalações de arte e novos posicionamentos de palco que potenciam as atuações.


Em Barcelona, este ano, os palcos serão muito diferentes dos utilizados nos passado e voltamos a apostar em novas peças de arte. Em termos de sustentabilidade, também fizemos melhorias. Aplicaremos o foodcourt de Amesterdão, em círculo, sem desperdício, sem plástico e em que todos os stands têm por base a energia solar.

Que percentagem de público vem de fora de Espanha? E que parte dessa audiência é Portuguesa? Como fazem essa conexão com o público internacional?

Em Barcelona o público é 80% do país e o restante advém de aproximadamente 60 países, Europeus na maioria. Os principais países são França, Holanda, Itália e Portugal (quase 5%).


Que pontos destacam da programção deste ano e o que vos torna únicos?

Não nos baseamos apenas nos cabeças-de-cartaz, já existem muitos festivais com essa ideologia. Queremos combinar diferentes sons mas também dar novos e talentos locais que possam mostrar do que são capazes. Levamos a marca holandesa pelo mundo.


Como é feita a vossa convergência e trabalho entre parceiros, prestadores de serviços e sponsors no festival?

Fazemos tudo de forma local basicamente, não apenas no suporte e interação com o comércio local mas também do ponto de vista na recuperação da pegada ecológica. Se em cada versão do DGTL (e.g. Dubai, São Paulo) trouxessemos tudo de Amesterdão estaríamos a ir contra os nossos principios, por isso trabalhamos com um promotor local que normalmente já tem uma rede de prestadores de serviço e patrocinadores - as metas são contudo cada vez mais elevadas em virtude dos nossos padrões. Hoje temos mais e mais concertos fora, parcerias globais mas trabalhadas de forma diferente em cada cidade.


Qual o vosso plano num futuro próximo (2-3 anos)?

Neste momentos estamos numa fase fulcral com as 6 edições globais que temos - diferentes ações com os promotores e nos continentes onde ocorrem. Nesta fase não corremos para o maior número de edições em países diferentes possível mas sim num bom crescimento onde possamos encontrar coisas boas e parceiros válidos que vêm também potencial no projeto DGTL. Teremos brevemente um outro DGTL em Espanha é uma novidade que vos posso dar.


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