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Medidas de segurança nos festivais vão ser alteradas? [atualizado]

Com o aumento do sentimento de insegurança e do risco de atentados terroristas a nível mundial, os festivais, que são sempre eventos que movem e juntam grandes quantidades de pessoas em recintos circunscritos, sendo esse um fator de risco, torna-se necessário aumentar (ou renovar) as medidas de segurança para tentar evitar quaisquer tipo de problemas. Embora em Portugal não tenham sido tomadas grandes medidas de segurança extra nos festivais que já ocorreram, excepção feita ao Rock in Rio Lisboa que criou um posto móvel no recinto para verificação on time de todas as câmaras instaladas para o evento, no resto da Europa a segurança e sua gestão é algo que está a sofrer fortes alterações neste momento.


Em relação a forças de segurança, a Guarda Nacional Republicana indicou à APORFEST, a "intensificação do patrulhamento e fiscalização" nos festivais em que tenha influência direta.

Lá fora, a polícia Britânica declarou que o festival Glastonbury (que decorreu e recebeu mais de 250 mil pessoas no final de junho) foi de grande risco e por isso foram tomadas medidas de prevenção terrorista.


Alguns festivais na Bélgica - Graspop Metal Meeting, Rock Werchter e o TW Classic (ambos em Werchter), para os quais estiveram escalados artistas como Paul McCartney e Bruce Springsteen, Dour Festival, Tomorrowland e Pukkelpop, juntaram-se para criar um conjunto de medidas comuns de segurança em coordenação com as autoridades locais e o Governo.


No festival Roskilde (Dinamarca), os voluntários que trabalharam no festival receberam formação especializada de como identificar comportamentos suspeitos e como reagir no caso de atentado terrorista.


O festival Sziget (Hungria) sentiu a necessidade de melhorar a segurança na edição deste ano não só por causa do terrorismo, mas principalmente devido aos problemas de migração que se fazem sentir na Hungria, criando um sistema que obriga a verificação da identificação do festivaleiro no ato da troca do bilhete pela pulseira, criação de uma rede de câmaras de segurança controladas durante todo o evento e aumento do número de seguranças presentes no recinto e nas entradas.


Devido aos atos de terrorismo que ocorreram na Alemanha, em julho, o festival Wacken Open Air, um dos maiores festivais do mundo de Heavy Metal, decidiu banir por completo a entrada de mochilas ou qualquer outro tipo de saco para a área do festival. "Nós atualizamos constantemente o nosso plano de segurança, tendo em conta eventos recentes como as tempestades e a segurança na Alemanha. Por causa disso, a nossa equipa sabe o que fazer e está bem preparada" garantiu Thomas Jensen em entrevista à Billboard.


Este enfoque ganha especial relevância quando, recentemente, ocorreu o primeiro ataque terrorista num festival de música na Alemanha, o Ansbach Open (um evento de entrada livre), que tinha cerca de dois mil espetadores no momento em que uma explosão se deu perto da entrada do mesmo. Como consequência do rebentamento, 12 pessoas ficaram feridas (três dessas pessoas com ferimentos graves) sendo que apenas o atacante morreu.

A organização do festival viu-se obrigada a cancelar e a evacuar de imediato o público presente para garantir a segurança de todos.


Este ataque deverá ser sentido como um despertar real para todos os promotores e todos os festivais de música para terem como uma das suas principais prioridades atuais o aumento da segurança e do controlo dos seus festivaleiros.


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