Com o passar do tempo a exigência do público por espetáculos com mais efeitos audiovisuais tem aumentado. Esta situação é em parte explicada pelo "boom" de dj’s que têm aparecido nos últimos anos, que necessitam desse apoio visual para se destacarem, criando assim esta necessidade como qualquer regra elementar do marketing. Contudo, a norma indica que são as bandas que inovam, investem e utilizam as tecnologias audiovisuais mais avançadas, embora seja de notar que os dj’s investem mais nestes efeitos em festivais de música enquanto que as bandas investem mais em concertos próprios, deixando para os festivais concertos de âmbito “low cost”, se não forem headliners.
Abaixo deixamos uma lista de algumas "tecnologias de ponta" na área dos efeitos audiovisuais e ainda fotografias de alguns festivais que apesar de não utilizarem tecnologias inovadoras aplicam as clássicas (e.g. moving heads, strobes, ecrãs led, bubble machines, lasers, flame throwers, fog machines, confetti shooters e fogo de artifício) com uma componente cénica pensada ao pormenor e que ocorre nos momentos que se quer emocionar o público:
1. Projeção Holográfica
Esta tecnologia foi utilizada em concertos da banda Gorillaz em que eram criados hologramas das personagens fictícias da banda.
Em Dezembro de 2009, a empresa Musion fez uma demonstração em Londres chamada “Neurosonics” para demonstrar o que é possível fazer com esta tecnologia.
No festival Coachella, em 2012, num concerto de Snoop Dog, foi criado um holograma do artista falecido Tupac, criado também pela empresa Musion.
Nos últimos anos esta tecnologia (um pouco mais evoluída) tem sido também utilizada por artistas como Muse e Adele em palcos 360º, que permite que o público consiga assistir a estas projeções de todos os pontos da plateia e com realidade aumentada uma vez que para a mesma tela (praticamente transparente) são feitas projeções de ambos os lados, criando assim algo parecido com um holograma.
2. Óculos com ecrã
Esta tecnologia utilizada pelos Muse consiste em óculos com ecrãs, que substituem as lentes, onde é transmitida a letra e imagens referentes à musica que a banda está a tocar.
3. Palcos 360º
Tanto os U2 como os Metallica foram os pioneiros do uso dos palcos 360º, normalmente utilizado em arenas e estádios. Estes permitem que todo o público tenha uma melhor visão do palco em comparação com as estruturas convencionais, aproximando também a banda dos seus seguidores.
4. Drones utilizados como iluminação
A marca Intel em colaboração com a Ars Eletronica, conseguiu fazer voar, ao mesmo tempo, 100 drones (equipados com leds) num concerto. Segundo os mesmos, este software permitirá fazer voar, noutras experiências, até mil drones em simultâneo sendo o principal objetivo dos técnicos de tornar o uso destes objetos possível em eventos de grande escala como festivais de música.
5. Transmissão dos concertos em 360º
Com a invenção e simplificação da tecnologia de Realidade Virtual, são já vários os festivais (e.g. Coachella e Tomorrowland) que fazem a transmissão de concertos, entrevistas e fotos em 360º.
6. Cénica
Os palcos abaixo são de diferentes festivais de música eletrónica. Os eventos deste género musical, no presente, tem uma maior atenção na arte cénica e nos efeitos visuais daquela que deve ser a maior peça de arte de um festival, o palco. Apesar de não apresentarem nenhuma tecnologia fora do normal conseguem utilizar as já existentes aproveitando-as ao máximo, conseguindo alcançar visuais que se tornam um fator de buzz comunicacional.