A Live Nation, a maior empresa de entretenimento "ao vivo" mundial, noticiou que adquiriu uma posição maioritária da holding do Rock in Rio (que tem a próxima edição, parcialmente esgotada, marcada nos dias 23,24, 29 e 30 junho em Lisboa) que era antes encabeçada pela SFX Entertainment (responsável pelo Tomorrowland) e que tinha declarado insolvência em 2016, apenas dois anos após a sua entrada de capital.
Esta compra deverá ter efeitos para o Rock in Rio Brasil de 2019 e no ano seguinte na edição de Lisboa. Roberto Medina, a figura e mentor do projeto, desde o seu início, mantém-se como peça-chave e responsável pelas decisões do festival mas toda a consecução do mesmo fica agora a cargo do maior accionista dizendo-se que isso permitirá "a concretização de sinergias com vista à concretização de maiores ambições" para o Rock in Rio.
A Live Nation tem adquirido nos últimos anos o capital de vários festivais de âmbito global (e.g. Austin City Limits; Bonnaroo; Lollapalooza; Leeds & Reading) e de empresas que dele dependem de forma indireta como a bilhética (e.g. Ticketmaster), digressões de artistas ou salas de espetáculos apostando claramente em eventos que tenham uma clara influência no mercado sul-americano.
A real concretização deste processo terá impacto na indústria dos festivais portugueses e na potenciação da sua qualidade e, por arrasto, no aumento de competitividade entre players que se repercutirá na qualidade dada ao público.