Foi com grande expectativa e entusiasmo que se deu o regresso aos espetáculos ao ar livre em Portugal, após o decretado confinamento, ainda que com algumas limitações.
Os primeiros Eventos Teste-piloto, iniciativa da APORFEST, APEFE e APSTE em concordância com o Governo e DGS - unidos na sua missão de fazer renascer a Cultura e provar que a mesma é de facto segura. Em colaboração com os municípios envolvidos e diversas entidades, estes decorreram no dias 29 e 30 de abril e 8 e 9 de maio, e contaram com um protocolo de segurança sanitária cuidado, com a implementação de medidas já conhecidas de todos. Com recurso a sinalética clara e indicativa para guiar o público pelos recintos num circuito com várias etapas - desde a verificação dos bilhetes à medição da temperatura corporal e desinfeção das mãos (sendo que o uso de máscara era obrigatório, tal como a apresentação de resultado negativo do teste à COVID-19 previamente realizado com o apoio da Cruz Vermelha Portuguesa em cada um dos dias), estes eventos posicionaram-se como um ponto de viragem no setor e um bonito exemplo de resiliência, dedicação e organização.
No espetáculo de Pedro Abrunhosa, no recinto exterior do Altice Forum Braga, e no concerto que juntou Anaquim, Birds Are Indie, The Twist Connection e Portuguese Pedro na Praça da Canção em Coimbra, as pessoas que assistiram ficaram de pé podendo ocupar o espaço de forma livre (deslocando-se para uma das 4 possíveis zonas escolhidas aquando da compra do seu bilhete). O público foi orientando a seguir as recomendações habituais atuais para eventos (e.g. utilização de máscara, cumprimento do distanciamento social e desinfeção regular das mãos). Em Braga, nos primeiros dois dias, fez-se ainda a medição da temperatura corporal aos participantes, uma vez que o objetivo era ir diminuindo as restrições.
Quem por lá esteve pôde sentir a ansiedade e emoção de artistas, técnicos, agentes, promotores e público por poder voltar a usufruir de espetáculos ao vivo. Foi finalmente possível voltar a cantar, dançar, rir e sorrir, com a certeza de que estes eventos-teste irão demonstrar que a Cultura é realmente segura e que os agentes culturais sabem o que fazem, e com a esperança de que num futuro próximo possamos ser não 400 nem 1000, mas sim milhares.
Créditos Fotografia: Joana Lisboa, Francisco Martins e Carolina Silva
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