A 4ª edição do Tremor ocorrerá já na próxima semana, de 4 a 8 de abril, na cidade de Ponta Delgada (Açores). Um festival feito a duas mãos - Lovers & Lollypops e Yuzin Agenda Cultural. A música continua como o cerne do evento e é nesta forma de arte que se expressam os concertos (40 atuações nacionais e internacionais), mas também as residências artísticas, cinema, exposições, arte de rua e programação infantil em palcos improváveis. A organização denomina o festival como um "estaleiro criativo".
Com isso falámos com a artista norte-americana Haley Fohr que no festival estará com o projeto Circuit des Yeux naquele que é o seu regresso a Portugal.
APORFEST: É o regresso da Haley a Portugal, após assegurar a segunda parte de dois concertos no ano de 2014 e enquanto Circuit des Yeux em 2015 (Lisboa e Mucho Flow), correto? Agora irá conhecer uma das ilhas portugueses e um dos maiores "segredos da natureza" no mundo. O que conhece dos Açores onde o festival Tremor ocorre?
Haley Fohr: Alguns amigos meus da cidade de Chicago já estiveram presentes neste fantástico festival e o que é facto é que a sua história e propagação da palavra está a crescer. No arquipélago dos Açores sei que existem fenómenos naturais como a temperatura amena em todas as estações e o brotar único das flores.
Pode catalogar-se como uma artista Folk pura? Não, nunca me considerei como tal.
Como foi então a sua evolução artística ao longo da sua carreira?
Apreendi a desafiar-me continuadamente e a alimentar-me do poder vital da liberdade e auto-expressão através da arte e do som, independentemente do projeto em que esteja envolvida [a solo ou não].
O que podemos esperar de si no concerto do festival Tremor, a 5 de abril, no Auditório Luís de Camões?
Irei tocar e balancear entre o velho e novo reportório numa atuação em formato duo com bateria, eletrónica, voz e guitarra de 12 cordas [acústica, típica do Folk].
Qual a sua opinião sobre os festivais de música na atualidade? São um importante local de promoção de um artista?
Penso que os festivais são uma excelente forma de criar uma conexão com uma multidão de pessoas. Se virmos por esse sentido é sempre positivo. Contudo, como artista musical, sinto que o som pode ficar muitas vezes comprometido [para estar da melhor maneira possível perante as diferentes atuações], saindo sempre com um sentimento algo desconfortável no final dos concertos.
A nível artístico onde quer estar daqui a dois anos?
Daqui a dois anos quero ser uma extensão daquilo que sou na atualidade, realizando todas as decisões e formando a ilusão de liberdade através da tal auto-expressão através da arte e do som. Quero continuar a ser ou sentir-me uma pessoa participante na melhoria da nossa sociedade.