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Beat Fest, o hip-hop novamente confirmado no Alentejo. Entrevista: António Severino (diretor e verea

É na Vila de Gavião (distrito de Portalegre, Alentejo) que ocorre um dos mais recentes festivais de música, prometendo o melhor da cultura hip-hop nacional (excepção para o brasileiro e habitué Gabriel, o Pensador) com um cartaz fortíssimo que assegura a presença de alguns dos mais aplaudidos artistas deste género musical como os portuenses Dealema, Plutónio, Boss AC ou Valas.

Se no ano passado a aposta pareceu arriscada, este ano o hip-hop está ainda mais transversalizado pelas rádios e por vários palcos em diferentes festivais e por isso com mais público a querer escutá-lo. É então pelo segundo ano consecutivo que o Beat Fest se afirma como a celebração da mais vibrante cultura do momento num paraíso plantado no Alto Alentejo. Falámos com António Severino, o seu diretor e que espera por todos de 1 a 4 de agosto.


APORFEST: O que podemos esperar do Beat Fest para 2019?

António Severino: Depois do sucesso no ano de estreia (em 2018), esperamos que este ano o sucesso se possa repetir. Prometemos celebrar o melhor da cultura hip-hop com um cartaz fortíssimo que assegura a presença de alguns dos mais aplaudidos artistas nacionais e internacionais deste género musical, e com a correção de alguns aspetos negativos da edição anterior será de certeza um festival vibrante a todos os que por eles passarem ao longo de quatro dias.


A área da cultura e dos festivais evoluiu muito na última década - mais eventos mas também mais público predisposto a alargar o seu conhecimento. Como desviam as atenções para o vosso festival que decorre fora dos grandes fluxos populacionais?

Este é sem duvida o nosso maior desafio. Temos tentado em primeiro lugar, consolidar este festival no panorama nacional como um dos bons festivais de verão, em segundo, oferecer o máximo de condições de segurança a todos quantos nos visitam, e por último oferecer também um bom cartaz. Estes fatores tornam o Beat Fest um conteúdo forte e desejado.


Porque apostaram no hip-hop (um estilo mais urbano) a ocorrer no vosso município? Foi aposta ganha?

Este género musical adquiriu, nos últimos anos, um espaço próprio. É interessante notar que tem vindo a atingir um público cada vez mais fiel. Para comprovar isso, praticamente todos os festivaleiros do ano anterior prometeram voltar. Quando decidimos ir por este estilo musical optámos por diferenciar do que já existe, de forma a conseguimos atrair pessoas de núcleos mais urbanos para participar num evento. Consideramos que a nossa visão enquanto entidade organizadora foi acertada. A visão do município de Gavião é acertada: na Ribeira da Venda, Comenda, o espaço tem todas as condições para se revelar uma meca para muita gente rumar no Verão; falta uma rede telefónica suficiente (não esperávamos tanta gente), mas certamente que no ano que vem isso já não será problema. Sobra a sombra e a frescura das águas, a escala que garante conforto, os bons ares e a simpatia das gentes e a arte de tão bem receber.


Como se diferenciam dos restantes festivais com um line-up semelhante ao vosso?

Por um lado apostar claramente num grande cartaz totalmente virado para este estilo musical e por outro lado dar as melhores condições possível a quem nele participa. O espaço tem todas as condições para acolher o festival todos os anos a partir daqui. Fizemos assim melhorias significativas de forma a ir ao encontro das exigências deste público, por isso pensamos que podemos aqui ser diferenciadores.


De que forma este evento se encaixa na restante programação do Município do Gavião?

A vastidão cultural do concelho é incontornável no trabalho que temos vindo a realizar. Desde o início deste mandado identificamos os eixos estratégicos prioritários para colocar o concelho nos mapas das rotas turística e de lazer, potenciando uma área de crescimento económico. Este festival enquadra-se nesta linha que temos vindo a seguir (explorar ao máximo as potencialidades do concelho e de cada freguesia). Se por um lado temos a Feira Medieval na freguesia de Belver, no Gavião a Mostra de Artesanato e Gastronomia e Atividades Económicas, e na freguesia de Margem as Jornadas Gastronómicas, por outro lado temos na Comenda este magnifico espaço que é o parque de merendas da Ribeira da Venda, onde o Beat Fest se realiza, de forma a atrair o máximo de público. Vamos desta forma explorando e dinamizando as freguesias com estes eventos que estamos a desencadear.


O que podemos esperar no futuro?

O grande desafio é obviamente continuar a crescer sem descaracterizar o evento daquela que foi a sua linha de nascimento, por outro lado temos de manter esta estrutura cada vez mais bem preparada e capaz de receber mais pessoas. Estamos numa boa posição para o garantir mas falta ainda muito caminho para percorrer. Podemos esperar um futuro muito promissor para este festival, acho sinceramente que tem muitas potencialidades para se tornar um festival de topo nacional e internacional neste estilo musical e que possa ser uma referência.


De que forma a APORFEST - Associação Portuguesa Festivais Música poderá ser um apoio para o festival?

Considero que o município enquanto associado da APORFEST só tem a ganhar. Iremos passar a ter alguém que comece a criar conteúdos que nos possam servir a nível de conhecimento, e ajudar-nos sobretudo a consolidar esta estratégia de forma concreta ao longo de 12 meses por ano, dando mais credibilidade ao evento.


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