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Festival Iminente, um festival urbano de arte e música. Entrevista: Tiago Silva (diretor)

Depois de no final de 2018, e já este ano, ter estado a correr o mundo – Londres, Xangai e Rio de Janeiro – o Iminente regressa agora a Lisboa com uma proposta de quatro dias de "intimidade cultural colectiva", refletindo sobre os conceitos de Identidade e diversidade. Será a 4ª edição de um festival único em pleno Panorâmico de Monsanto, onde o urbano se funde com a arte onde cabem todos. Falámos com Tiago Silva, seu diretor e um dos fundadores.


APORFEST: Mais uma edição do Iminente e agora com 4 dias de duração. Porque decidiram adicionar mais um dia na vossa programação?

Tiago Silva: O Festival Iminente sempre se posicionou como um grande agregador de tudo aquilo que está a acontecer ou prestes a acontecer, e todos os anos sofremos do mesmo ótimo problema que é não conseguirmos encaixar na programação todos os projetos/artistas que vão surgindo. O facto de termos adicionado mais um dia permite-nos alargar esta diversidade, o que resultou este ano termos cerca de 50 bandas e 100 artistas. Mesmo assim, continuamos a receber propostas e quem nos dera poder dar espaço a todos.


O que podemos esperar para a edição de 2019?

Este ano houve um grande foco na diversidade do line-up. O seu espaço e a sua dinâmica serão muito idênticos ao ano passado, no entanto temos uma programação ainda mais diversa. Mas prefiro que as pessoas venham ao festival e vejam por si.


Qual a vossa estratégia nos próximos anos?

Manter a qualidade e a consistência daquilo que fazemos, continuando a dar espaços de visibilidade para as novas expressões que têm emergido das culturas urbanas e marcado o panorama criativo e cultural de Portugal e a sua matriz de diálogo com a lusofonia. Somos ainda um festival bastante novo, o crescimento tem-se verificado e as edições no estrangeiro também nos deram mais visibilidade. No entanto, este crescimento é e continuará a ser pautado pela busca de equilíbrio quer entre as tão diversas formas de expressão a que ajudamos a dar palco, quer na relação de proximidade muito grande que existe entre o público e os artistas e também entre os próprios artistas.

Como estruturam o vosso ano com a ocorrência de edições internacionais do Iminente (e.g. China, Londres)?

No ano passado tínhamos planeado desde o início as edições de Lisboa e de Londres. Após análise do impacto e dos resultados que tivemos decidimos no final do mesmo avançar com a realização de mais edições no exterior que permitissem dar mais consistência ao festival e à sua missão também de facilitar que artistas portugueses e lusófonos pudessem ter uma maior visibilidade no mundo.


De que forma farão a vossa atração de público (nacional e internacional) para esta edição, uma vez que existe um preço diferente para o acesso ao festival?

Acreditamos que o preço continua bastante acessível tendo em conta aquilo que a experiência do Iminente oferece: uma programação bastante extensa e diversificada, com conversas, demonstrações de dança, b-boying e skate, peças e instalações artísticas com a curadoria da Underdogs, performances, e cinco palcos diferentes para uma pluralidade de espectáculos e atuações musicais. O Iminente afirma-se acima de tudo como um palco onde estas várias tribos urbanas podem congregar e interagir, estabelecendo uma espécie de comunhão dialogante entre si e os vários públicos. Tanto esta oferta como este ambiente têm sido fundamentais em permitir-nos agregar e manter um público bastante fiel que nos segue há já quatro anos, que depois é reforçado no plano nacional e internacional através da programação e da sua difusão através dos meios de comunicação e das nossas plataformas de social media.


Como incorporarão medidas de sustentabilidade no vosso festival?

Temos tido essa preocupação desde o início. Quando a edição nacional passou para o Panorâmico de Monsanto, em Lisboa, introduzimos várias novas medidas e reforçámos outras que já seguíamos. Um dos grandes focos tem sido o de garantir a preservação do espaço único do Parque Florestal de Monsanto. Temos consciência de que a agregação de um público vasto num festival gera uma pegada significativa. Tentamos atenuá-la através de fatores como a mobilidade e o acesso ao local, restringindo o uso de veículos motorizados particulares e disponibilizando transportes públicos e veículos não poluentes (bicicletas elétricas), ou recorrendo ao uso de copos reutilizáveis, entre vários outros. Todas estas medidas são comunicadas e explicadas ao público, esclarecendo o modo como este pode e deve contribuir para ajudar a preservar o espaço, para ajudar a diminuir o impacto da sua presença, do desperdício que gera, etc.


De que forma a APORFEST e os seus principais eventos como o Talkfest e Iberian Festival Awards são importantes para o vosso desenvolvimento?

A APORFEST proporciona a existência de uma rede de contactos bastante consistente. Existem tantos festivais ao longo do ano que este tipo de estrutura vem permitir que todos os profissionais da área se possam conhecer e trocar contactos e experiências. Toda esta interação é muito positiva.


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